sábado, 9 de janeiro de 2010

Semiótica e Peirce

A Semiótica (do grego semeiotiké ou "a arte dos sinais") é a ciência geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação. Ocupa-se do estudo do processo de significação ou representação, na natureza e na cultura, do conceito ou da ideia. Mais abrangente que a linguistica, a qual se restringe ao estudo dos signos lingüísticos, ou seja, do sistema sígnico da linguagem verbal, esta ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico - Artes visuais, musica , fotografia, cinema, religião, ciência, etc.

Charles Sanders Peirce (1839-1914) ,cientista, matemático, historiador, filósofo e lógico norte-americano, é considerado o fundador da moderna Semiótica. Graduou-se com louvor pela Universidade de Harvard em química, fez contribuições importantes no campo da Biologia, Psicologia, Matemática, Filosofia. Peirce, como diz Lúcia Santaella foi um "Leonardo das ciências modernas". Uma das marcas do pensamento peirceano é a amplição da noção de signo e, conseqüentemente, da noção de linguagem.Peirce "foi o enunciador da tese anticartesiana de que todo pensamento se dá em signos, na continuidade dos signos"; do diagrama das ciências; das categorias; do pragmatismo. Ao morrer, Peirce deixou nada menos do que 12 mil páginas publicadas e 90 mil páginas de manuscritos inéditos. Os manuscritos foram depositados na Universidade de Harvard. Apenas vinte anos mais tarde, na década de 30, surgiria a primeira publicação de textos reunidos nos seis volumes dos Collected Papers. Infelizmente, grande parte dos textos aí reunidos restringiu-se a escritos que Peirce já publicara em vida. Nos anos 50, foram acrescentados os volumes 7 e 8 aos Collected Papers, nos quais aparecem temas adicionais. Em 1976, sob direção de Max Fisch, estabeleceu-se na Universidade de Indiana, com sede em Indianápolis, o Peirce Edition Project com ajuda financeira do National Endowment for the Humanities, para a publicação de escritos cronológicos de Peirce em 35 volumes, tarefa que ainda hoje não foi terminada.

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