terça-feira, 29 de dezembro de 2009

DRASSANES- Estação de metro Barcelona

A importância que a mobilidade adquiriu na vida urbana contemporânea é bastante grande. Em decorrência desta importância, o tempo despendido em transportes e suas estruturas tem aumentado e como tal a importância destes e destas na nossa qualidade de vida tem aumentado.
Assim não admira que as estações de metro, um pouco por todo o mundo, estejam a ser alvo de grandes intervenções arquitectónicas, não só por questões de marketing dos próprios sistemas de transporte público, mas essencialmente por questões de qualidade de vida urbana.

Um bom exemplo desta nova tendência de renovação urbana é a estação de metro de Drassanes, em Barcelona.
Esta estação de metro levou um "lifting espacial" da autoria dos arquitectos Eduardo Gutiérrez Munné e Jordi Fernández Río.

Adoptando uma formalidade e ambiência entre o futurismo retro e o funcionalismo ultra estilizado, esta estação é um dos elementos mais surpreendentes de toda a regeneração urbana que a Ciutat Vella tem estado a sofrer ao longo dos últimos anos.Uma estação de metro que data de 1968 projecta-se agora no futuro com um sentimento retro futurista muito bem conseguido!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

sábado, 26 de dezembro de 2009

Max Bill- Design é Arte

O mais aclamado protagonista do Swiss Style foi Max Bill. Artista plástico, escultor, arquitecto, designer gráfico e de interiores; Bill estudou na Bauhaus em Dessau, e foi mais tarde docente na Escola Superior de Design em Ulm.

Max Bill deixou-nos uma extensa obra, quase toda ela marcada por um purismo ascético e espartano, formas reduzidas ao essencial, contenção emocional – e excelente tecnologia suíça.
O seu trabalho foi uma tentativa constante de equilibrar o acto de criar arte livremente com a arte utilitária, aplicada a fins funcionais. O seu esforço foi equilibrar as formas severas do produto industrial com as formas fluídas da «obra de arte». Bill preocupou-se pelo pensamento filosófico e pela aplicação prática.
Max Bill começou a sua longa carreira como estudante na Bauhaus de Dessau (1927-28); aí foi «contaminado» pelos ideais do Funcionalismo.
Em 1929, Bill estabeleceu-se em Zurique, onde começou uma actividade polifacetada.
Em 1930/31 surgem os seus primeiros posters, como, por exemplo, o cartaz da Exposição de Arte Rupestre Africana no Kunstgewerbemuseum Zürich. Em 1933 elabora as suas primeiras esculturas.
Artista plástico, escultor, arquitecto, designer gráfico e de interiores, Bill estudou na Bauhaus em Dessau, e foi mais tarde docente na hochschule für gestaltung, a escola superior de design em Ulm vocacionada para continuar o legado da Bauhaus.
A sua obra gráfica é caracterizada por um purismo muitas vezes platónico e estéril. No desenho gráfico e editorial, Max Bill foi um dos primeiros a aplicar o conceito de organização racional dos espaços com o auxílio de uma grelha.
Em 1938, Max Bill arquitecto, associa-se ao CIAM (Congrès International d’Architecture Moderne, associação de arquitectos impulsionada por Le Corbusier).
A partir de 1944, começa a fazer design industrial. No ano lectivo 1944-1945 lecciona a disciplina «Formlehre» na já famosa Kunstgewerbe­schule Zürich.
Em 1947, Bill fundou o seu institut für progressive cultur. Em 1951, junto com Otl Aicher (página 251), foi co-fundador da hochschule für gestaltung em Ulm, Alemanha, escola que tentou retomar e continuar o legado da Bauhaus depois da Segunda Guerra Mundial.
A partir de 1952, foi reitor e director do Departamento Architektur und Produktform da hfg. Max Bill escreveu numerosos artigos e ensaios; foi distinguido com numerosos prémios e honras internacionais.

Em 1938, Max Bill (arquitecto), associou-se ao CIAM (Congrès International d’Architecture Moderne, associação de arquitectos impulsionada por Le Corbusier). A partir de 1944, começou a fazer design industrial.
No ano lectivo 1944-1945 leccionou a disciplina «Formlehre»: na já famosa Kunstgewerbeschule Zürich. Em 1947, Bill fundou o seu institut für progressive cultur.
Em 1951, junto com Olt Aicher, foi co-fundador da hfg em Ulm, Alemanha.
A partir de 1952, foi reitor e director do Departamento Architektur und Produktform da hfg.
Max Bill escreveu numerosos artigos e ensaios; foi distinguido com numerosos prémios e honras internacionais.


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

TOMÁS MALDONADO- Design não é Arte

Pintor, Designer Industrial e Teórico nasceu em 1922 em Buenos Aires, na Argentina. O seu trabalho como designer foi especialmente no domínio de produtos de alta tecnologia e equipamento de escritórios. Teve um grande impacto como teórico, sendo professor na escola de ULM onde fomentou um ensino mais humanista, através do estudo das ciências sociais, da matemática e da semiologia, este estudo era no entanto de alto nível cientifico e dirigido para a satisfação de necessidades universais.
Maldonado defendia que a arte não pertência ao design, e acreditava numa abordagem científica e teórica no projecto de design. Essa abordagem tornou-se importante na passagem da sua inspiração inicial “bauhausiana”, para uma mais adequada à complexidade do pós guerra que a Alemanha sofria na altura.
Em 1967 tornou-se professor de planeamento ambiental na Universidade de Bolonha.

"Design é uma actividade projectual que consiste em determinar as propriedades formais dos objectos a serem produzidos industrialmente. Por propriedades formais entende-se não só as características exteriores, mas, sobretudo, as relações estruturais e funcionais que dão coerência a um objecto tanto do ponto de vista do produtor quanto do usuário".

(Tomás Maldonado, 1961)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Design(io)

" Simplificar é um trabalho difícil e exige muita criatividade.Complicar é muito mais fácil, basta acrescentar tudo o que nos vem á mente (...).É necessário, porém, dizer que o público, no geral, é mais propenso a valorizar o "muito trabalho" manual despendido a realizar uma coisa complicada do que a reconhecer o "muito trabalho" mental que se despende a simplificar, uma vez que este, no final, não se vê. De facto, as pessoas, perante soluções extremamente simples, mas que implicaram com certeza muito tempo de pesquisa e de ensaios,dizem:"O quê, é apenas isto? mas assim também eu fazia!"

Bruno Munari

sábado, 19 de dezembro de 2009

Eero Saarinen e a Cadeira Tulip


Eero Saarinen (1910-1961) nasceu em Helsinki.Filho do famoso arquiteto finlandês Eliel Saarinen, e emigrou para os Estados Unidos em 1923 tendo estudado arquitetura em Yale, e após um curto período na Europa, em 1935 passou a lecionar na Cambrook Academy of Art, na da qual o seu pai foi o primeiro presidente. Em 1937 iniciou um sociedade com Charles Eanes, que os levou ao desenvolvimento de uma série de móveis bastante vanguardistas, premiados várias vezes no MOMA.Desenhou também vários móveis para a Knoll International com grande sucesso, entre eles a coleção Womb (1947-1948), e a coleção Pedestal, com a famosa cadeira Tulipa (1955-1956)

A Tulip Chair foi concebida em 1955 e a sua forma é baseada numa flor, tal como o nome indica contudo o objectivo não era reproduzir fielmente a forma da natureza, mas sim transmitir e conseguir a união e conjugação entre uma série de ideias e considerações ao nível da produção.
Este objecto encontra-se inserido numa série intitulada como o “grupo do pedestal”. Existem também bancos e mesas construídos com a mesma base desta cadeira.Também Saarinen rejeitou a geometria alemã no design e adoptou uma abordagem humanista baseada em formas orgânicas. Com a Tulip Chair, Saarinen pretendia devolver a unidade às cadeiras.
No que diz respeito ao material utilizado na concepção da mesma podemos encontrar na base giratória alumínio reforçado com um revestimento de Rilsan e o assento é feito de fibra de vidro moldada com um acabamento lustroso em branco. Esta foi produzida desde 1956 pela Knoll e é comercializada hoje em dia ainda pela mesma empresa.




sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Brand Whores


Vener Panton- Cadeira Panton


Verner Panton (1926 - 1998) foi um dos mais notáveis talentos inovadores do século 20, em design e arquitetura. A concepção de suas obras é considerada brilhante. Este designer dinamarquês imaginou um futuro colorido e brilhante, sendo pioneiro na criação de móveis que contrariam a gravidade.

Panton foi a cadeira criada pelo designer Verner Panton 1926-1998) nascido na Dinamarca. Verner foi um especialista em desenvolver peças de tons lúdicos e baseadas em formas geométricas numa uma época em que a tecnologia ainda não se fazia presente. Panton iniciou uma revolução no mobiliário daquele período, adicionando o plástico, polipropileno, espuma além das cores, quebrando a seriedade e rigidez do ferro, muito utilizado. A Sua ideia era dar humor às peças sua peças.
Em 1960, lança a Panton, cadeira que seria ícone da Pop Art. A peça foi revulocionária pois é toda em plástico e feita de uma só peça. O seu desenho em S representava a liberdade pregada nos anos 60. O tom lúdico entre as suas formas sinuosas e cores marcantes foi resultado da busca da emoção entre técnica e estética. A cadeira é símbolo de versatilidade, podendo-se adaptar a diversos ambientes como grandes escritórios e pequenos escritórios em casa tornando-se uma das peças mais imporantes do século XX.



quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Thoneteando

Michael Thonet-THONET CHAIR

Michael Thonet (1796-1871), nasceu em Boppart am Rhein, na Áustria.onde montou seu primeiro atelier. Fundou a empresa Thonet em 1819 para produção de seus próprios projetos. Registrou sua primeira patente para moldagem de madeira laminada em 1842.

No início do século XX vários arquitectos vanguardistas de Viena desenhavam móveis para Thonet, incluindo Josef Hoffmann.Na década de 1930 a empresa passou por uma grande expansão com linhas de móveis tubulares em aço de desenhistas famosos da Bauhaus como Mart Stam, Marcel Breuer e Mies van der Rohe. Le Corbusier foi o primeiro a utilizar as cadeiras Thonet já num ambiente modernista.


A cadeira 1859, ou modelo 214, foi e um dos modelos de maior sucesso concebidos para produção industrial. É o resultado de anos de experiência durante a década de 1850 na arte de dobra madeira sólida, e foi desenvolvida já com o objectivo de produção em massa (por volta de 1930 já tinham sido vendidos mais de 50 milhões de cadeiras em todo mundo).
O que diferencia esta cadeira das restantes não é a sua forma, mas sim no método inovador através do qual foi fabricada. Thonet explorou o processo de moldar barras e pranchas de madeira maciça recorrendo á utilização do vapor. Este processo permitiu que o mobiliário pudesse ser produzido em série e a baixos custos.
Pode-se afirmar que esta é a cadeira que obteve o maior sucesso a nível comercial, sendo ainda hoje comercializada pela Gebruder Thonet.
A empresa é atualmente dirigida pela 5 geração dos Thonet, com sede em Frankenberg, na Alemanha, onde mantém um museu.´

· A cadeira mais famosa e vendida em todo o mundo;
· Cadeira de Consumo ou thonet nº 14 (1859-1860);
· Ícone do design e produzida até aos dias de hoje;
· Cadeira por excelência de café em todo o mundo;
· Produzida em massa e de custo bastante baixo;
· Composta por 6 pecas e 10 parafusos;
· Em 1930 foram vendidas 50milhões de exemplares em todo o mundo.

Marcel Breuer


Marcel Lajos Breuer (1902, Pecs, Hungria - 1981, Nova Iorque) foi um designer e arquitecto de origem húngara. Fez parte da primeira geração de alunos formados pela Bauhaus.

É de destacada importância o seu design de mobiliário. Os seus móveis de tubo de metal contribuíram para revolucionar o conceito do móvel.
Formou-se na primeira sede da Bauhaus (em Weimar) em 1924 e passou a leccionar nesta escola até 1928 (quando esta já estava instalada em Dessau
).
A sau relação com a instituição era bastante estreita, o que acabou rendendo-lhe a direcção da instituição após a saída de Mies van der Rohe
.
Enquanto docente da Bauhaus, realizou uma série de experimentações no design mobiliário. Foi aí que projectou e executou os primeiros protótipos da cadeira Wassily (cujo nome é uma homenagem ao colega Wassily Kandinsky
, também professor).



Com a ascensão do Nazismo, Breuer instala-se em Londres e associa-se ao escritório do arquitecto F. R. S. York, do grupo MARS.
Em Londres, Breuer trabalha com F.R.S. York; juntos desenham o Gane Pavilion em Bristol.
Começa a desenhar plywood furniture para a empresa de móveis Isokon, de Jack Pritchard, uma das poucas empresas britânicas orientadas para o Modernismo.

Marcel Breuer emigrou para os Estados Unidos em 1937 e aí passou a trabalhar até o fim da sua vida, sendo considerado por alguns críticos um dos "últimos verdadeiros arquitectos funcionalistas".
Nos EUA, trabalhou com seu ex-professor Mies Van der Rohe
, projectando arranha-céus. A obra de Breuer pode ser inserida no que costuma ser chamado o International Style.
Aí também foi nomeado director da Faculdade de Arquitetura da Universidade Harvard (sendo responsável pela formação de toda uma geração de arquitectos americanos, da qual pertenceu, por exemplo, Phillip Johnson),Falecendo em Nova Iorque em 1981.



terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Bruno Munari


Sendo um homem multifacetado - arquitecto, escultor, professor, projectista, escritor e filósofo, entre outras actividades -, Bruno Munari é, antes de mais, um artista que reflecte sobre os limites da arte com outras formas de criatividade. Do autor já foram publicados: Design e Comunicação Visual e Das Coisas Nascem Coisas.

Este ultimo é uma introdução à arte de "saber projectar", sobretudo coisas que estão ao alcance de qualquer pessoa. A arte de resolver problemas que atormentam muita gente: como decorar a casa? Como aproveitar o espaço? Que materiais utilizar?



Tatiana Oliveira

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Os 10 princípios do bom design, segundo Dieter Rams


- O bom design é inovador.

- O bom design faz um produto ser útil.

- O bom design é estético.

- O bom design nos ajuda a entender um produto.

- O bom design é discreto.

- O bom design é honesto.

- O bom design é durável.

- O bom design é resultado de cada detalhe.

- O bom design é preocupado com o meio ambiente.

- O bom design é tão pouco design quanto possível.




Tatiana Oliveira

Dieter Rams


Dieter Rams (20 de Maio de 1932, Wiesbaden) é um designer industrial alemão intimamente ligado à empresa Braun. É um dos mais influentes designers do século XX.

Rams estudou arquitectura na Escola de Wiesbaden e fez cursos de carpintaria. Após ter trabalhado para o arquitecto Otto Apel, passou a integrar o sector de eletrônicas da Braun, do qual se tornou diretor durante 30 anos. O design de Rams é associado à frase "menos, mas melhor", um de seus dez princípios do bom design. Dieter e a sua equipa desenharam diversos produtos para a Braun.

Muitos dos seus produtos - cafeteiras, calculadoras, rádios, equipamentos audio-visuais e produtos de escritório - tornaram-se peças fixas de vários museus, incluindo o MoMA, em New York. Hoje é uma lenda nos do design e mais recentemente trabalhou para a revista Wallpaper. Diz-se ainda que o design de Rams serve de inspiração para Jonathan Ive, da Apple, designer de produtos como o iMac, o iPod e o iPhone.

Actualmente o Museu de Design de Londres têm uma exposição retrospectiva sobre o trabalho de Rams, esta exposição intitulada de Less and More permanece até o dia 7 de março de 2010.






Tatiana Oliveira

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Charles Rennie Mackintosh



Era um arquitecto e designer escocês, representativo da Escola de Glasgow, caracteriza-se por um estilo de formas e ritmos enfaticamente geométrico. A requintada depuração da cadeira de Hill House (1903) poderia facilmente passar por uma obra nossa contemporânea. Com o seu geometrismo e concentração no ritmo, Mackintosh influenciou muito directamente o estilo da Secessão Vienense e da Wiener Werkstäat graças a uma exposição da sua obra em Viena.







Constança Soromenho

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mies van der Rohe


Ludwig Mies van der Rohe,(Aachen, Alemanha, 27 Março de 1886 - Chicago, Estados Unidos, 17 Agosto de 1969), foi um arquitecto alemão, naturalizado estado-unidense, considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX.

Foi professor da Bahaus e um dos formadores, ficou conhecido por International style, onde deixou a marca de uma arquitectura que prima pela clareza e aparente simplicidade. Os edifícios da sua maturidade criativa fazem uso de materiais representativos da era industrial, como o aço e o vidro, definindo espaços austeros mas que transmitem uma determinada concepção de elegância e cosmopolitismo. É famoso pela sua interpretação pessoal, patente na sua obra concreta, dos aforismos, que não são da sua autoria, less is more (em alemão, Weniger ist mehr) e "God is in the details" ("Deus está nos pormenores").

Mies van der Rohe procurou sempre uma abordagem racional que pudesse guiar o processo de projeto arquitectónico. Sua concepção dos espaços arquitectónicos envolvia uma profunda depuração da forma, voltada sempre às necessidades impostas pelo lugar, segundo o preceito do minimalismo, Less is more.






Tatiana Oliveira

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Bauhaus


Bauhaus foi uma das mais influentes escolas de design do mundo. A sua forte inspiração modernista tentou unir de forma definitiva a arte com a indústria.


Fundada a partir de um manifesto de Walter Gropius, em 12 de abril de 1919, a Bauhaus tem origem na fusão entre a Academia de Artes e a Escola de Artes e Ofícios da Alemanha. Impulsionados pelo novo quadro económico enfrentado pelo país no pós-guerra, os seus fundadores procuravam o fim da separação entre artistas e artesãos.


O seu pioneirismo em estabelecer um novo conceito pedagógico - que defendia a modernização radical da vida em bases racionalistas - foi revolucionário na época.

Entre os seus docentes, estavam os principais artistas do período, como Wassily Kandinsky, Paul Klee, Johannes Itten e László Moholy-Nagy, além de grandes nomes da arquitectura, como Walter Gropius (principal idealizador) e Ludwig Mies van der Rohe.

Aos quatorze anos de existência, a Escola de Bauhaus passou por três etapas diferentes: a fase expressionista (1919 - 1927) em Weimar, sob a direção de Walter Gropius, a fase do formalismo construtivista (1927 - 1929) com Hannes Meyer em Dessau e, finalmente, a fase do racionalismo radical com ênfase na produção arquitetónica (1929 - 1933), sob a direcção de Mies van der Rohe, parte em Dessau e parte em Berlim.


Encerrandas as suas actividades em 1933, na decorrência de mudanças sociopolíticas na Alemanha, a Bauhaus ainda segue orientando o pensamento das novas gerações de designers, em várias partes do mundo. Professores da Bauhaus foram acolhidos principalmente em instituições dos Estados Unidos, como Gropius e Breuer, que leccionam arquitetura em Harvard, e Mies van der Rohe, que dá aulas em Chicago. Em 1937, Lászlo Moholy-Nagy fundou a New Bauhaus, também em Chicago.


Tatiana Oliveira

domingo, 6 de dezembro de 2009

Walter Gropius - The Dessau Bauhaus

Walter Gropius


Walter Gropius (1883-1969) Filho de um arquitecto e estudou na Universidade Técnica de Munique. Entrou no escritório de Peter Behrens em 1910 e três anos mais tarde estabeleceu uma prática com Adolph Meyer.


Após servir na guerra, Gropius envolveu-se com vários grupos radicais de artistas que nasceram em Berlim em 1918. Em Março de 1919, foi eleito presidente do Grupo de Trabalho do Conselho de Arte e um mês mais tarde foi nomeado director da Bauhaus. Antes de fundar a Escola Bauhaus, foi membro do Werkbund, ainda a viver a disputa entre os que seguiam a tendência industrial de Muthesius e aqueles que resistiam na tendência artesanal do belga Henry van de Velde. Gropius conciliou o melhor destas tendências com esse programa que foi o Manifesto da Bauhaus. Esta escola foi o maior centro do modernismo e do funcionalismo.


Nos anos da crise pós-guerra, Walter Gropius é nomeado director da antiga escola de van der Velde e reuniu as escolas de Belas-Artes e a das Artes Aplicadas. Em 1919, a Bauhaus abre as suas portas na cidade de Weimar. Esta escola estatal assenta nos conceitos do Werkbund. O arquitecto Walter Gropius é apontado para dirigir a nova «Schule für Gestaltung».


Gropius via na experimentação artesanal e artística os instrumentos de pesquisa, ensino e aprendizagem ideais para criar o design dirigido para a produção em série. As tecnologias industriais para a produção em massa efectivariam uma «democratização» do design. Já em Dessau, Gropius foi encarregado de projectos de urbanização.


Em 1928, Gropius abandona a Bauhaus; na direcção sucede-lhe o arquitecto suíço Hannes Meyer. O Funcionalismo é estabelecido como ideologia-mestre. Quando Gropius anunciou a sua demissão, em Janeiro- Fevereiro de 1928, a escola — após um ano no edifício novo — estava no auge da sua fama e gozava de renome internacional. A sua decisão inesperada causou surpresa tanto entre os estudantes como entre os mestres. Uma Bauhaus sem Gropius parecia impensável. Como explicação, Gropius justificou que a Bauhaus gozava agora de segurança e que ele queria dedicar mais tempo à Arquitectura.


Foram criados uma série de problemas internos fundamentais nos anos de Dessau, mas que precisavam de ser resolvidos se a Bauhaus quisesse continuar a desenvolver-se com sucesso. Hannes Meyer, que Gropius propôs para seu sucessor, tinha agora de encontrar uma solução.


A partir de 1937, Walter Gropius passa a leccionar na Universidade de Harvard e no ano seguinte torna-se director do Departamento de Arquitectura da Universidade. Nos Estados Unidos começa a desenhar arranha-céus, criando uma tipologia arquitectónica que será exaustivamente copiada nas décadas seguintes.


Em alguns projectos associa-se a Marcel Breuer, ex-aluno da primeira geração da Bauhaus. Com este, projeta um bairro operário em New Kessington, próximo de Pittsburgh.


Gropius morreu em Boston, Massa-chusetts, em 1969.

















Tatiana Oliveira

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Peter Behrens



Peter Behrens (Hamburgo, 1868 -Berlim , 1940) foi um arquitecto e designer alemão. É considerado por muitos o primeiro designer da História e um dos primeiros designers freelancers. Foi um dos arquitectos mais influentes da Alemanha e um dos fundadores da Werkbund. Foi também consultor artístico da AEG.
Entre os membros do Deutscher Werkbund destaca-se o nome de Peter Behrens, arquitecto e designer, que mereceu a reputação de primeiro designer industrial e primeiro a criar uma cultura de identidade corporativa, Behrens acabou por acreditar na mensagem de Muthesius. Foi contratado pela fábrica de material eléctrico AEG como director do que seria um precursor Departamento de Design.
Na AEG, Behrens trabalhou o design em todas as suas dimensões, projectou uma moderna fábrica de turbinas, recriou o logotipo e toda a identidade corporativa da empresa, encarregou-se da arte gráfica publicitária e ainda trabalhou o design de produto industrial. Produtos tais como ventoinhas eléctricas, chaleiras eléctricas, candeeiros e tantos outros ficaram com a sua marca.
"Na tecnologia eléctrica não se pode mascarar as formas com adições decorativas, porque a tecnologia eléctrica é uma nova área, devemos encontrar formas que representem o novo carácter da tecnologia."
Estudou pintura em Karlsruhe e Dusseldorf. Depois de frequentar a Escola de Belas Artes de Hamburgo, partiu para Munique em 1897, durante o período de renascimento das Artes e Ofícios na Alemanha. Pioneiro em responder à demanda da civilização industrial através da arquitetura que influenciou o Movimento Moderno alemão e o que hoje chamamos de Desenho Industrial.